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A Historicidade das Escrituras: O que Jesus Pensava sobre a Bíblia

 

A Historicidade das Escrituras na Visão de Jesus: Como Ele Validava a Bíblia

A Bíblia é muito mais do que um livro sagrado para os cristãos – ela é a Palavra de Deus, viva e eficaz, segundo as Escrituras mesmas. No entanto, há uma questão crucial que sempre surge ao se falar sobre as Escrituras: elas são realmente históricas? São os eventos narrados, as figuras mencionadas e as histórias contadas registros fidedignos da realidade, ou são meras alegorias e símbolos?

Quando observamos a visão de Jesus sobre as Escrituras, fica claro que Ele acreditava profundamente na historicidade da Bíblia. Para Ele, as histórias do Antigo Testamento não eram contos morais ou metáforas, mas relatos reais e significativos que moldaram o plano divino para a humanidade.

Neste artigo, vamos explorar como Jesus validava a historicidade das Escrituras e como isso impacta nossa compreensão da Palavra de Deus hoje.

1. Jesus e a Criação de Adão e Eva: A Verdade Histórica no Princípio

Em Mateus 19:4-5, Jesus se refere ao relato da criação encontrado em Gênesis, tratando-o não como uma alegoria, mas como um evento real. Ele diz: "Não lestes que o Criador, desde o princípio, os fez homem e mulher?" Ao afirmar a criação de Adão e Eva, Jesus não apenas endossa o ensino moral sobre o casamento, mas valida o relato da criação como um acontecimento histórico verdadeiro.

Para Jesus, a história de Adão e Eva é mais do que um símbolo de unidade ou um princípio moral sobre o casamento – é o alicerce da humanidade. Essa compreensão implica que, para Jesus, as Escrituras não podem ser reduzidas a lições figurativas ou simbólicas; elas são revelações de Deus, com fundamento na realidade histórica.

2. O Dilúvio e Noé: Um Evento Histórico com Lições Eternas

Outro exemplo de como Jesus valida a historicidade das Escrituras é o relato do dilúvio e de Noé. Em Mateus 24:37-39, Ele compara a vinda do Filho do Homem à situação dos dias de Noé, em que as pessoas "comiam, bebiam, casavam-se e davam-se em casamento até o dia em que Noé entrou na arca, e não perceberam até que veio o dilúvio e os levou a todos". Jesus trata o dilúvio como um evento real, com implicações profundas para o juízo futuro.

Assim como os habitantes de Noé não perceberam o julgamento até que fosse tarde demais, Jesus usa o dilúvio como uma advertência para os homens de Sua geração e para todos nós. Esse exemplo mostra que, para Jesus, o dilúvio foi muito mais do que uma história moral – foi um evento histórico e um sinal do juízo de Deus.

3. A História de Jonas: Um Sinal Profético e Histórico

Em Mateus 12:40, Jesus faz uma comparação entre Sua morte e ressurreição e a história de Jonas, que passou três dias e três noites no ventre de um grande peixe. Jesus afirma: "Porque, assim como Jonas esteve três dias e três noites no ventre do grande peixe, assim estará o Filho do Homem três dias e três noites no coração da terra."

Aqui, Jesus trata a história de Jonas como uma narrativa histórica e verdadeira. Ele não apenas usa o evento de forma simbólica, mas como um prego para ensinar algo fundamental sobre Sua própria morte e ressurreição. A historicidade de Jonas, portanto, é um elemento chave para entender o cumprimento das profecias de Cristo.

4. Abel, Caim e a Justiça: A Realidade de Gênesis em Jesus

Em Mateus 23:35, Jesus faz referência a Abel, o justo, e ao assassinato cometido por seu irmão Caim. Ele afirma que o sangue de Abel foi derramado "desde o sangue de Abel, o justo, até o sangue de Zacarias". Jesus menciona Abel como uma figura histórica e seu sangue como um marco na história da injustiça e da perseguição aos justos.

Ao fazer isso, Ele não só valida a veracidade histórica do relato de Gênesis, mas também utiliza Abel como um símbolo da justiça e do sofrimento dos justos. Jesus não minimiza os relatos do Antigo Testamento, mas os apresenta como eventos históricos com lições eternas para nós.

5. Jesus e a Inerrância das Escrituras: A Confiança Plena na Palavra de Deus

Em Mateus 5:18, Jesus afirma: "Em verdade vos digo, até que o céu e a terra passem, nem um iota ou um tio se omitirá da lei até que tudo se cumpra." Essa declaração destaca a confiança de Jesus na perfeição das Escrituras. Ele acreditava que nenhuma parte da Palavra de Deus poderia ser negligenciada ou desconsiderada, seja no ensino moral ou nos relatos históricos.

Para Jesus, as Escrituras são a Palavra de Deus, infalíveis e inerrantes, tanto nas profecias espirituais quanto nos eventos históricos. A confiança plena em cada detalhe das Escrituras é essencial para entender a obra de Deus no mundo e a nossa própria jornada de fé.

Conclusão: A Bíblia Como Relato Histórico e Espiritual

Jesus não via as Escrituras como um conjunto de histórias mitológicas ou apenas ensinamentos morais. Para Ele, as Escrituras eram registros históricos de eventos reais que Deus orquestrou para revelar Sua verdade e Sua salvação à humanidade. Ao validar a historicidade de figuras como Adão, Noé, Jonas, Abel e muitos outros, Jesus nos ensina a confiar na Bíblia como um testemunho fiel da ação de Deus na história.

A compreensão de que as Escrituras são historicamente precisas e espiritualmente profundas fortalece a nossa fé. Podemos confiar que a Bíblia não apenas contém as palavras de Deus, mas também registra eventos históricos que são vitais para a nossa compreensão da salvação e do plano divino.

Ao estudar e viver de acordo com as Escrituras, seguimos o exemplo de Jesus, que não apenas ensinou com base nelas, mas também as validou como um registro verdadeiro e confiável da ação de Deus na história.